Saí pra viver o melhor carnaval da minha vida esse ano. Saí apreensiva.
Enfrentei estradas sinuosas ao som dos melhores versos escritos por um jovem que fala ao coração de outros tantos.
Cheguei sozinha, perdida. Te vi e me encontrei.
Filme, chocolate, mais filme, cócegas, amor, almoço, preto no branco.
Amarelo e um pouco de azul. Noite estrelada, peito feliz.
Olho no olho.
Sair de si por três minutos...isso é amor.
Podia ter sido o mais fascinante, não fosse a volta e a distância. Não fosse voltar e ver, de repente, tudo fora do lugar. E literalmente.
Hoje acordei e não achava meias pra vestir. Não sei onde estão meus cremes de cabelo, nem meus discos do Engenheiros.
Durmo em uma cama estranha que não tem meu cheiro. Onde está o meu rádio?
Onde estão meus posters, meus livros, meus dvds, meus quadros do Pink Floyd e meus porta retratos com fotos do Humberto? Meus tênis, os ingressos pra gravação do Pouca Vogal, as toalhas, meu edredom do Grêmio, minhas camisetas da banda preferida, meus discos de vinil...cadê meus tesouros?
Não é apenas apego ao material...são as pequenas, mas valiosas, coisas que fazem parte de mim.
Onde está o meu lugar?
Assisti um filme que dizia: "e foi o fim da vida como a gente conhecia". Nenhuma frase representa tão bem como foi o carnaval 2009 de Juliane Soska.
e de repente as coisas mudam de lugar. e quem perdeu pode ganhar.
