Exército de um homem só, por Moacyr ScliarA história do Capitão Birobidjan, com seus sonhos, ideais e a busca por uma nova realidade. "Iniciamos aqui a construção de uma nova sociedade", com essa frase Capitão Birobidjan marcou cada época de sua vida de 1928 até sua morte solitária e em meio a seus devaneios em 1970.
No seu mundo paralelo, Mayer Guinzburg, o Capitão Birobidjan, criou uma terra que era só sua, viveu pensando no bem comum e na divisão, na fé por seus companheiros (galinhas, porcos, aranhas, cabras e ratos), mas não resistiu ao capitalismo que tomou conta do mundo, da sua Porto Alegre (e seu Bomfim) e mais ainda da terra tão desejada, a Nova Birobidjan.
O maior crime da Terra- O açougue humano da rua do Arvoredo, por Décio Freitas1863, uma Porto Alegre pacata e mal cheirosa, imigrantes vindos de todos os lados, época de escravidão. Nesse cenário se passa a história verídica de José Ramos, um açougueiro e informante da polícia.
Sua esposa, Catarina Palse atraía as vítimas para dentro da casa, localizada na rua do Arvoredo (atual rua Fernando Machado). Com um machado, Ramos partia a cabeça das vítimas e depois as degolava. Talvez esses assassinatos passassem despercebidos com o passar dos anos não fosse o fato da carne dos corpos das vítimas terem virado lingüiça e estas vendidas pra elite gaúcha.
Com um moedor, Ramos fazia guisado da carne humana e preparava o produto, oferecido para toda a cidade em seu açougue da rua da Ponte (hoje Riachuelo, fundos da Igreja Nossa Senhora das Dores).
Depois do julgamento de José Ramos, que também era parricida, ele foi condenado a forca e o caso quase que ignorado pela imprensa.
