22 setembro 2008

DEMOcracia


Uma coisa dessas só podia vir do DEMO mesmo. E se juntam a ela: Sérgio Malandro, Pit Bitoca, ex-BBBs, Rita Cadillac & Netinho de Paula.
Chuta que é macumba.

A chegada de Dercy Gonçalves ao céu...

Chegada de Dercy Gonçalves ao céu...
- Porra tá frio aqui em cima.
- O céu não tem temperatura, minha senhora. Pondera um porteiro celestial de plantão.
- Não tem é o cassete. Tá frio sim senhor - insiste Dercy.
- Prefere o inferno? Lá é mais quentinho!
- Manda tua mãe pra lá. Cadê o Pedro?
- Pedro só atende aos purificados.
- E eu tô suja por acaso: tô cagada, esporreada ?
- Você primeiro tem que passar pelo purgatório, ajustar umas continhas?
- Não devo nada a veado nenhum.
- Você foi muito sapeca lá por baixo.
- Como é que você sabe. Andava escondido debaixo das minhas saias?
- Dercy, daqui de cima a gente vê tudo.
- Vê porra nenhuma. Vê a pobreza; a violência; meninas de 4 anos sendo estupradas pelos pais, político metendo a mão no dinheiro dos pobres; carinha cheirando até cocô pra ficar doidão? O que vocês vêem? Só me viam?
- Você fala muito palavrão.
- Eu sempre disse que o palavrão estava na cabeça de quem escutava. Palavrão é a fome, a falta de moral destes caras que pensam que o mundo é deles. Esses goelas grandes e seus assessores laranjas, tangerinas e o cassete?
- Está vendo? Outro palavrão.
- Cassete é palavrão seu porteiro do caralho? Palavrão é a PQP!

(silêncio de alguns segundos)
- Seja bem vinda Dercy. Sou Pedro. Pode entrar.
- Caraaaaaalho, não é que eu morri mesmo! - E o purgatório?
- Você já passou 101 anos por ele, lá em baixo. Venha descansar!!!

16 setembro 2008

Adeus, Richard

Richard Wright, tecladista e fundador do Pink Floyd, faleceu ontem, segunda-feira, vítima de câncer aos 65 anos.
E hoje o dia amanheceu triste, frio e vazio...muito menos progressivo do que deveria ser.
Para os fãs de PF, como eu, que ainda mantinham viva a esperança de um dia vê-los unidos também em terras tupiniquins, é o fim do sonho de volta...não só aqui, mas em qualquer lugar.
Adeus, vá em paz, compañero!


Us, and them
And after all we're only ordinary men.

15 setembro 2008

Solidão e mania de televisão


Casa vazia, luzes acesas só para dar a impressão. Cores e
vozes, conversa animada: é só a televisão.” (Gessinger, 1995).


O trecho desta canção fala sobre uma das maiores funções estabelecidas pelos usuários da televisão hoje: um objeto de companhia para o seu proprietário. O mesmo é descrito por José Marques de Melo em seu livro Tele Mania, Anestésico Social (1981).
Este fenômeno se dá em virtude deste meio ter surgido após a Segunda Guerra Mundial, quando se tornou popular e acessível. No Brasil, começou suas atividades na década de 50 e ganhou a função de difusora da cultura. Porém, as questões comerciais assumiram o comando desse veículo, que perdeu sua missão cultural.
As possibilidades oferecidas pela tv são atraentes: informação e entretenimento em um só meio que reúne voz, cor, imagem e ação. Essas propriedades causaram um grande interesse dos investidores e também do seu futuro público. Com isso, não tardou para que o desenvolvimento da tv estivesse diretamente ligado a atividades capitalistas promovidas pelos paises industrializados e desenvolvidos. Telemania- esse conceito é descrito pelo autor (1981:13) como “poderoso antídoto reivindicatório e ao mesmo tempo saudável fortificante consumista. Ou melhor, eficiente anestésico social, capaz de ressuscitar nas populações urbanas a incomensurável solidão com que outrora o feudalismo amesquinhava as populações rurais”.
A telemania não só cria uma identidade consumista, como também preenche o lar de famílias. Tv é sinônimo de distração, diversão e reproduz a idéia de companhia, especialmente quando ligada e não assistida de fato. Para Melo, o perigo desse sistema está na influência para as crianças. Os pais ocupados nas suas atividades profissionais, atribuem à tv a tarefa de babá eletrônica. Isso pode resultar na ausência de uma comunicação com retorno, além do questionamento se a tv contribui para o conhecimento positivo ou se apenas emburrece as crianças.
O costume de assistir esse veículo está ligado à solidão e, portanto, a tv age como companheira dos indivíduos cada vez mais sozinhos e que a utilizam como anestesia para suportar essa situação.
Pode se presumir que estes sujeitos que hoje usam a tv como parceria são as crianças que ontem tinham esse meio como babá eletrônica.



Desligue a tv e vá ler um livro?

11 setembro 2008

No ar: Pouca Vogal

Está no ar o site Pouca Vogal. Fruto da parceria entre Humberto Gessinger e Duca Leindecker, o site traz informações e músicas da dupla para baixar gratuitamente.
Fã do trabalho do Gessinger, eu aguardei essa novidade com pé atrás. Penso que o Duca é um baita músico, mas EngHaw pra mim é bem maior e talvez eu tenha que superar um certo preconceito de dividir o ídolo com fãs de outra banda e saber que ele não será a única estrela no palco.
Não tem bateria; é estranho. Penso que ainda é cedo pra conclusões, mas ver que praticamente todas as letras são do Humberto já me deixa bem feliz. A alma dele são as letras consistentes. Nada contra o Duca, mas algumas músicas dele não me tocam, ainda que os dois sigam uma linha parecida nas suas respectivas bandas.
Eu passei o dia de hoje só apertando F5 e justo quando eu fui pra aula...não tinha aula!hahaha
Voltei pro pc e liguei pro Wander, meu compañero de fé...nós dois discutindo: quando essa treta vai entrar no ar?
F5 de novo e tchãram!

"e o centro do universo é outro lugar"
e lá estarei eu, sempre a te aplaudir

05 setembro 2008

Loucos por bolachão

Bolachão para os íntimos. Mesmo com toda tecnologia desse novo milênio em construção, algumas pessoas ainda são apaixonadas por esse formato.
Desenvolvida na década de 50, essa mídia é considerada morta por boa parte dos jovens da minha idade. Afinal, em tempos de mp3 players com super capacidade de armazenamento, soa um tanto quanto idiota a idéia de ainda se gastar dinheiro com música. Está tudo disponibilizado de forma gratuita na rede, não é?
Quando foi a última vez que tu comprou um CD? O último que eu comprei foi o Novos Horizontes, do Engenheiros do Hawaii. Mas só pq eu sou fã e guardo com carinho toda coletânea da banda.
Se até mesmo os CDs, tidos como a revolução da indústria fonográfica na sua época de lançamento estavam se tornando obsoletos, o que dizer então dos discos de vinil- os pops LPs? Jurássicos por definição para boa parte da juventude que ainda paga por música no final dos anos 90 e começo dos anos 2000.
Talvez pela nostalgia ou pelo fetiche dos clássicos perpetuados em primeiro momento pelo long play, é que esse formato mantém lugar de honra na casa de malucos como eu. Também tem o fato de que o bolachão sai na frente na qualidade do som. Qualquer ouvido mais calejado sente a diferença, pois apesar dos chiados e estalos costumeiros, os vinis apresentam um som ligeiramente mais encorpado que em outros meios.
Mas não é isso que move a paixão de alguém por discos, mas sim todo o ritual de preparação para ouvi-lo! É nisso que reside todo seu charme, a retirada da capa (obras de arte!) e depois do envelope plástico, o ajuste de rotação, encostar a agulha cuidadosamente e poder sentir a música, tornando-se um momento que exige atenção e dedicação, diferente de só apertar o power e deixar a lista inteira de mp3 tocar randomicamente.
Esse é um momento de apreciação plena, de sedução. Me faz relembrar tempos da proximidade física com as coisas e as pessoas, em que o tempo era mais flexível, o mundo era mais alegre e a música muito mais sincera.
Alguém pode dizer que essa é uma moda passageira e em breve estarei enjoada dessas porcarias que só ocupam espaço, juntam poeira, arranham e quebram por qualquer coisinha. Mas bah, essa é uma paixão entendida apenas por quem sabe qual o formato que a música deveria manter: o bom e velho disco de vinil.

03 setembro 2008

O coração sempre arrasa a razão

Coração ou cérebro- qual dos dois sente as emoções e sensações? Enquanto passamos por alguma situação que mexe com nossos sentimentos, o cérebro produz substâncias químicas que alteram a percepção da realidade, causando um estado de euforia. O coração recebe essa mensagem emocional rapidamente e pulsa mais rápido.
Daí vem o mito de que o coração é a casa dos sentimentos. O cérebro dita e as sensações sentem-se no coração por mera ilusão.
Ao ver a pessoa amada, ao ser promovido no emprego, ao conquistar uma vitória, ao perder uma pessoa querida, ao ver uma cena triste ou em diversas outras ocasiões sentimos o coração acelerar.
O nosso coração, além da figura romântica de estar envolvido com nossas emoções, tem um papel muito importante em nossa vida. Ele tem a capacidade de influenciar o cérebro e nos permite sentir bem estar. É como se tivéssemos dois cérebros dentro de um só: um emocional e outro cognitivo, ambos trocando informações precisas.
O coração está ligado como símbolo do amor. Há mais de três mil anos os judeus criaram essa simbologia devido ao aperto que sentimos no peito quando nos emocionamos. Também na antiguidade, há mais de cinco mil anos, os egípcios, que descreveram diversos sinais de doenças neurológicas, consideravam o coração como o templo da alma e a biblioteca das memórias.
O coração permaneceu como sede da consciência até Hipócrates (460a 379 AC), o pai da medicina ocidental. Para ele, o órgão que controlava as sensações e a inteligência era o cérebro. Nem todos os gregos aceitavam essa idéia. Mas Aristóteles, por exemplo, continuava acreditando no coração como albergue do intelecto. Para ele, o cérebro seria um simples radiador para esfriar o sangue esquentado pelas batidas do coração.
Mais do que um músculo do corpo- para os cientistas, o centro das emoções humanas é apenas o cérebro. Um novo estudo foi feito para demonstrar que essa noção pode não estar totalmente correta. O que ele indica é que o coração também fala com o cérebro- embora o que ele diz ainda não esteja totalmente claro.
O estudo foi realizado por Marcus Gray, do University College de Londres, e seus colegas, e publicado na última edição da revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. A pesquisa é feita com pacientes com uma variedade de problemas cardíacos. Durante uma tarefa experimental levemente estressante, as pessoas respondem com atividade cardíaca aumentada.