05 setembro 2008

Loucos por bolachão

Bolachão para os íntimos. Mesmo com toda tecnologia desse novo milênio em construção, algumas pessoas ainda são apaixonadas por esse formato.
Desenvolvida na década de 50, essa mídia é considerada morta por boa parte dos jovens da minha idade. Afinal, em tempos de mp3 players com super capacidade de armazenamento, soa um tanto quanto idiota a idéia de ainda se gastar dinheiro com música. Está tudo disponibilizado de forma gratuita na rede, não é?
Quando foi a última vez que tu comprou um CD? O último que eu comprei foi o Novos Horizontes, do Engenheiros do Hawaii. Mas só pq eu sou fã e guardo com carinho toda coletânea da banda.
Se até mesmo os CDs, tidos como a revolução da indústria fonográfica na sua época de lançamento estavam se tornando obsoletos, o que dizer então dos discos de vinil- os pops LPs? Jurássicos por definição para boa parte da juventude que ainda paga por música no final dos anos 90 e começo dos anos 2000.
Talvez pela nostalgia ou pelo fetiche dos clássicos perpetuados em primeiro momento pelo long play, é que esse formato mantém lugar de honra na casa de malucos como eu. Também tem o fato de que o bolachão sai na frente na qualidade do som. Qualquer ouvido mais calejado sente a diferença, pois apesar dos chiados e estalos costumeiros, os vinis apresentam um som ligeiramente mais encorpado que em outros meios.
Mas não é isso que move a paixão de alguém por discos, mas sim todo o ritual de preparação para ouvi-lo! É nisso que reside todo seu charme, a retirada da capa (obras de arte!) e depois do envelope plástico, o ajuste de rotação, encostar a agulha cuidadosamente e poder sentir a música, tornando-se um momento que exige atenção e dedicação, diferente de só apertar o power e deixar a lista inteira de mp3 tocar randomicamente.
Esse é um momento de apreciação plena, de sedução. Me faz relembrar tempos da proximidade física com as coisas e as pessoas, em que o tempo era mais flexível, o mundo era mais alegre e a música muito mais sincera.
Alguém pode dizer que essa é uma moda passageira e em breve estarei enjoada dessas porcarias que só ocupam espaço, juntam poeira, arranham e quebram por qualquer coisinha. Mas bah, essa é uma paixão entendida apenas por quem sabe qual o formato que a música deveria manter: o bom e velho disco de vinil.

9 comentários:

O Profeta disse...

Onde acaba a terra e começa o Mar
Há um lugar onde vive a ilusão
Repousa na madrepérola das conchas
Com a forma de um coração

Onde as giestas se agarram à areia
Onde as pedras têm diadema de algas
Onde o Mar conta histórias longínquas
Onde as vagas soltam distantes mágoas


Bom fim de semana


Mágico beijo

Misael disse...

bom mesmo são as mp3 de 2 mb, que nao tem qualidade nenhuma.

Agora, nunca vi um som mais pesado que gravado em fita cassete. qualquer musica fica boa...

Juliane Soska disse...

K7 é pesada e frágil demais
bem mais que o disco de vinil

Anônimo disse...

só quem já comprou vinil é capaz de entender

Juliane Soska disse...

minha coleção tá aumentando, gente
mas to precisando de doações

favor entrar em contato através do email julianesoska@yahoo.com.br

bJU

hahahhaha

will disse...

Já comprei, todos long plays, dos artistas que você sempre gostou, mas mesmo assim, eu ainda estou só...

Esse post me lembra Trem da Alegria, Xuxa, uma música da Pública e uma doidera q o Bob Dylan fez uma vez...

=*******

Mateus Trindade disse...

Bah só conheço o bolachão para fazer uns raps e tal.

hehehehehheheheheeh

Raquel Reckziegel disse...

Bahhh... eu tenho tocador de disco de vinil aqui em casa. Precisa de uns tapinhas pra funcionar, mas fora isso, tá inteirasso. Minha mãe escuta, de vez em quando. Quanto à mim... bem, acho que sucumbi à "geração download"...

Enquanto acho que baixar músicas é mais econômico e rápido, certamente no tempo dos bolachões e CDs, a música era mais valorizada. O que, é claro, não nos faz deixar de apreciá-la, não é mesmo?

Amei teu blog, Ju!!
Ganhou uma leitora. =D

Beijoca!

will disse...

Por onde andas suprasumo?