Esse texto, uma homenagem da querida Maely, mostra exatamente quem fui, quem sou, quem sempre serei e quem vive escondida dentro de mim.
Acertaste Maely, esta sou eu na minha essência...
Jamais pensei que alguém pudesse me compreender tanto e tão bem...
Que a força do medo que tenho, não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo o que acredito não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que grito, mas a outra metade é silencio
Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que entristeça
Que a pessoa que eu amo seja para sempre amada, mesmo que distante
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como preces, nem repetidas com fervor
Apenas repetidas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo
Que essa vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corroí por dentro, seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso e a outra metade é um vulcão
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, mas a outra metade eu não sei
Que não seja preciso mais que uma simples alegria para fazer aquentar o espírito
E que o teu silencio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço
Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade para faze-la florescer
Porque metade de mim é platéia, e a outra metade é canção
E que a minha loucura seja perdoada,
Porque metade de mim é amor, e a outra metade também...
este blog vai se autodestruir…
Há 5 anos